domingo, 31 de agosto de 2008

Doing business in China

A McKinsey Quarterly lançou um número especial sobre a China. Pelos predicados da McK e da Quarterly, não chega a ser brilhante, mas vale ler. Recomendo ler!
A McK fez uma survey sobre a internacionalização das empresas chinesas. Duas questões se destacam: (i) as empresas chinesas têm défcit de competências e profissionais capazes de estruturar/operar negócios internacionais e (ii) o principal motivo - pelo menos até o momento, das aquisições feitas no exterior é garantir o acesso a recursos naturais. Mas vale dizer, cada vez mais, acesso a mercado e a RHs passa a ser o moto pricipal dos M&As chineses.
O que isso tudo tem a dizer ao Brasil?
O primeiro ponto acima também vale para as companhias tupiniquins. O desafio de encontrar RHs capazes de operar globalmente também é sentido aqui. O segundo, sugere-nos uma reflexão geopolítica (tema explícito do livro objeto do post anterior), inclusive sobre nossa presença e relação com a África. 

Bichos novos na floresta da economia mundial


China e Índia estão na moda. Mais ainda, nestes tempos olímpicos, quando assistimos ao espetáculo do Dragão Chinês.
Este livro ajuda a entender um pouco as transformações em curso nesse país e no seu vizinho asiático, seus desafios, perigos, questões na agenda, motivos, protagonistas, percalços, disputas, fatos, dados etc. 
É um bom texto, equilibrado, escrito por uma jornalista experiente. Robyn Meredith alia um texto fluido e convidativo com uma (rara) visão balanceada dos processos de desenvolvimento de nossos 'companheiros' de BRIC.  
Fugindo do lugar comum da apologia das 'reformas econômicas', discorre sobre os contras e os desafios enfrentados por esses dois países, que não são poucos. Lembremos (das longínquas aulas de história): a China viveu o início de uma 'revolução industrial' por volta do ano 1.000 d.c., que não foi em frente por causa da fragmentação política de então.
A obra é concluída com uma reflexão sobre 'a questão' (ou questões) que a emergência desses países, a China em especial, põe ao mundo, particularmente aos Estados Unidos. O epílogo aprsenta conteúdo/idéas muito próximas as de John Kao: inovar é questão chave para os EUA manterem a liderança, a hegemonia (esta é a agenda americana).
Aqui, ao sul do Equador, ficamos com a questão: e qual é a nossa agenda?