segunda-feira, 27 de junho de 2011

Marketing^2

O livro é de 2007, mas continua válido. É um ótimo guia para quem quer implantar uma estratégia de marketing na web (campo no qual agora me aventuro nas horas vagas).
Além do bom conteúdo, o livro é em si uma peça de marketing (aliás... qualquer livro de business é, mas este vai mas longe). Ao longo do livro existem vários exemplos de 'casos hipotéticos' analisados pelo autor, nos quais situações reais (lançamento de um novo site, estratégia de comunicação etc.) de empresas 'não clientes' (naquela época) são comentadas. Estratégia bem sacada essa... uma visita ao 'verbete' Larry Weber na Wikipedia (ah... e a segunda edição deste livro é prefaciada pelo fundador da Wikipedia...) indica como clientes dele empresas que eram objeto dos 'casos hipotéticos' em 2007. Resumo (se as informações estiverem corretas): Weber escreveu um livro no qual comentava/analisava as estratégias/campanhas/abordagens de alguns importantes 'não clientes' em 2007, chamou a sua atenção e transformou-os em clientes. Brilhante exemplo de como fazer marketing! É um livro de marketing, que também faz marketing com maestria. É o 'marketing ao quadrado'!
Ganhei o livro de presente do próprio Larry Weber, em um dos primeiros Innovation Learning Labs Brasil-EUA, realizado em 2008 nos EUA. Aproveitando a dica do marketing (preciso aprender como promover o meu trabalho e turbinar a carreira), baixem aqui o relatório do segundo Brasil-US Innovation Summit, que organizei e resultou do processo iniciado com os Innovation Labs.
Recomendo ler... o livro e o relatório! Marketing feito!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

A Amazônia, o microcomputador, os cipós e o Brasil

Escrevo no meu computador, sobre a edição mais recente da PiauíEstava com saudades dos seus textos ácidos, debochados, bem escritos, com conteúdo, muitas vezes sobre histórias inusitadas.
Possuidora desse estilo, é a matéria sobre a última fábrica de máquinas de escrever mecânicas do mundo, que fechou há pouco as suas portas, uma unidade da empresa indiana Godrej & Boyce, que por sua vez é parte do conglomerado Godrej
Você conhece? Deveria, pois eles vem por aí... O Grupo  tem várias unidades de negócios, que incluem produtos químicos, eletrônicos, BKs, imóveis, higiene pessoal, computadores, serviços etc. Possuem uma unidade de cosméticos na Argentina. Se você tem um look com cabelo lambido a la porteño, talvez ele seja resultado de um spray indiano!
Brincadeiras a parte, duas outras matéria relevantes na Revista versam sobre temas que tem a Amazônia como parte da história. Duas matérias relativas a temas envoltos em cipoais...
A primeira é sobre a queda do Boeing da Gol em 2007, após colisão com um Legacy de uma companhia de aviação executiva dos EUA, sobre a Floresta Amazônica. Como de costume nessas situações, várias causas atuam ao mesmo tempo para gerar o sinistro; não há uma explicação simples (causa única). No caso específico, erraram os pilotos americanos, os controladores brasileiros e talvez outros. O caso foi apurado e a disputa agora se dá na Justiça.
O cipoal jurídico brasileiro (sempre cabe mais um recurso...) faz com que ainda não tenhamos um resultado final para o processo. Apesar dos avanços no Judiciário Brasileiro e do importante trabalho do Conselho Nacional de Justiça, precisamos mais, muito mais. A Justiça Brasileira é ainda muito lenta e o rito jurídico é antiquado, pouco transparente, moroso, ineficiente, hermético ao cidadão comum e falho para com a cidadania (idem para os processos de gestão associados). Precisamos abrir uma picada no cipoal, dar mais racionalidade, velocidade e transparência ao funcionamento do Judiciário. Esta é uma reforma institucional fundamental para o Brasil!
O segundo caso amazônico diz respeito às estimativas sobre sequestro e emissão de Carbono no Brasil. Avançamos no assunto e temos competência no País (vide o INPA e o caso relatado na matéria) para fazer mais; precisamos de mais. Mais precisão nas medidas, mais recursos dedicados ao tema, mais atenção, mais debate, mais ação. Agora... aparentemente, será difícil avançar a agenda de proteção ambiental (e econômica... alguém ainda não entendeu que a questão ambiental é econômica?) com a possibilidade de aprovação de um novo Código Florestal, que tramita no Congresso Nacional. Vale acompanhar o debate, conhecer os principais pontos, os argumentos contra e a favor do texto que foi aprovado na Câmara dos Deputados. É precio se emaranhar no cipoal para compreeender a questão.
Em tempo, eu sou contra o texto aprovado na Câmara!
Para descontrair: o Diário da Dilma está divertidíssimo. Vale ler e gargalhar.
  

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Para ver e ler

Saul Steinberg dizia que era um escritor que não sabia escrever, usava o desenho para contar histórias. Ou talvez fosse um desenhista que escrevia com imagens. Ou algo próximo, talvez um pouco de cada coisa...
O livro comprei há alguns anos e revi hoje. O motivo: na sexta estive no Instituto Moreira Salles, no Rio, onde via a exposição Saul Steinberg - As aventuras da linha. Ótima!
Do Rio, a exposição seguirá para São Paulo. No link anterior é possível acessar um rápido documentário, com depoimentos e imagens de desenhos que não estão na exposição. Vale conferir.
O famoso "A linha" é genial... mas gosto também dos gatos, cães, cowboys, da história da arquiterura para crianças etc. Recomendo ver! Ou melhor... ler os desenhos.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Casar ou comprar uma bicicleta chinesa?

Decidir não é fácil! Quem já casou (ou deixou de casar por opção própria....) sabe disso. Comprar uma bicicleta também pode ser complexo. Eu fiquei um ano para escolher um bicicleta (e comprei um modelo simples, fabricada em Taiwan). Casar foi mais rápido!
Esta edição da HBR traz uma matéria simples (sem nada de novo, apenas bom senso e um checklist de questões bem pensado) mas relevante sobre tomada de decisão em projetos estratégicos - no mundo dos negócios é claro.
E onde entra a China nessa história? A China é o maior mercado mundial de bicicletas (e de carros, sapatos, celulares e muitos outros produtos)! 
Várias matérias nessa edição se referem aos ditos 'mercados emergente', incluindo uma sobre as dificuldades/falhas das companhias ocidentais em identificar/visualizar oportunidades de negócios no mercado interno chinês. Surpreendente, não? Embora assim possa parecer (aos olhos de um brasileiro), é fácil de compreender: as estruturas das corporações transnacionais com origem nos EUA (em especial) e na Europa são tão grandes e orientadas para os seus mercados de origem que se torna difícil a elas identificar oportunidades, conhecer os mercados e clientes dos países emergentes, captar tendências, desenvolver produtos para a 'base da pirâmide'. Até mesmo acreditar que há sentido focar nos mercados dos países emergentes deve ser difícil em algumas corporações! 
Há aqui uma oportunidade para empresas dos países emergentes (brasileiras inclusive): aproveitar a brecha que se abre com o crescimento desses mercados (do nosso e de países com características similares) e as dificuldades das TNCs americanas e européias em atendê-los com produtos adequados a suas realidades. É oportunidade para crescer, inovar, internacionalizar.
A seção especial sobre inovação traz uma matéria sobre a Procter & Gamble e o seu 'sucesso' na sistematização dos processos de inovação, a partir de novas estruturas e veículos de gestão. Alguns dos exemplos de sucesso estão associados ao desenvolvimento de produtos para os mercados emergentes. O 'caso' bem ilustra (i) a importância de se pensar/implantar modelos de gestão da inovação e (ii) que a Corporate America está em movimento para capturar as oportunidades na base da pirâmide.
Para quem dos emergente quiser aproveitar a brecha, recomendo velocidade e método.... e mulheres na equipe (procure na revista o proquê)!

sábado, 11 de junho de 2011

Empreender - II

Obviedades importantes e pouco evidentes, apesar de óbvias. Esse é o conteúdo de "O Livro Negro do Empreendedor".
Afirmação confusa esta acima, não? Explico: Fernando de Bes escreve coisas que são óbvias sobre empreender, criar empresas etc., mas que normalmente são esquecidas, varridas para debaixo do tapete da consciência, ofuscadas pelo medo e a falta de razão. 
O livro está organizado em 14 'rounds'. Em cada um deles é apresentado um Fator Crítico de Fracasso (FCF) para empreendedores. Em resumo, coisas que fazem com que um empreendimento/empreendedor dê errado.
Já incorri em vários desses FCFs em minha vida. Ter sócios quando não era preciso, empreender sem saber onde estava me metendo, não remunerar meu trabalho em uma empresa (afinal de contas era sócio e podia viver dos dividendos... burrice total...) etc. 
Espero não repetir os erros...
Para quem quer empreender (ou pensa que quer...): é uma boa leitura, um tanto ácida por vezes. Mas melhor corroer o humor agora do que a conta bancária e a vida afetiva à frente!
Esse papo de empreendedorismo (muito importante, acho que é isso mesmo etc.) por vezes tem cara de auto-ajuda. Este livro é um bom antídoto. Vale baixar a bola e as expectativas. Canja de galinha não faz a ninguém!
Recomendo ler, aprender e pensar bem onde está se metendo antes de 'empreender'!
Ah... e para não deixar dúvidas: continuo achando que vale empreender!
Boas aventuras!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Empreender I - Mudar o mundo (e a conta bancária)

Empreender está cada vez mais na moda no Brasil. Ótimo! Bom para o Brasil, bom para quem empreende.
Vale ler a matéria de capa desta edição da PE&GN. Além de um apanhado da 'situação atual' da start-ups brasileiras que tem soluções para/na internet, a revista traz uma lista de 45 empresas que valem ser conhecidas (talvez investidas... confiram e façam suas apostas/investimentos!).
Muita coisa nova e legal está acontecendo no Brasil: hoje há um enorme interesse de quem está na universidade em empreender, a classe média urbana cada vez mais é capaz de falar inglês, temos uma massa crescente (embora ainda proporcionalmente pequena) de profissionais que já passaram por diferentes ciclos de criação/investimento/lançamento/desinvestimentos em empresas de tecnologia, o ecossistema de inovação melhora rapidamente, surgem exemplos brasileiros de empreendedores de sucesso em negócios intensivos em tecnologia, acumulamos capital social e humano, existem recursos públicos para apoiar inovação, começa a se consolidar em diferentes espaços um ethos empreendedor-inovador etc. Isso é novo e positivo.
Além disso, o Brasil está na moda. Está na moda porque cresce, inclui socialmente, gera mercados internos, tem empresas que vão para o mundo e recursos científicos/tecnológicos competentes a bon marché.
Nesse quadro, muitos investidores de fora olham para o Brasil. Não só para grandes empreendimentos, mas (cada vez mais...) para negócios pequenos, intensivos em tecnologia. Conheço vários investidores do norte que vieram morar no Brasil. E não esqueçamos: além de oportunidades de negócios e competências, temos nossos encantos também... alguém duvida?
Um dos exemplos que a matéria oferece é a vinda ao Brasil da trupe tecnológico-empreendedora Geeks on Plane, a fim de negócios (e diversão...) por aqui. Bom exemplo... (i) de como o Brasil tem atraído as atenções e (ii) da transformação em curso aqui. Primeiro de maio, dia do trabalho, domingo, 9h da manhã em São Paulo: 400 pessoas (na sua enorme maioria bem mais jovens que este blogueiro inconstante, que também foi lá conferir) lotaram o auditório da FIAP para evento do Geeks on Plane, organizado de forma empreendedora pelo pessoal da BRInnovators. Bom sinal, cada vez mais há vida inteligente, não engravatada, que trabalha com tecnologia, tem energia e está a fim de empreender, inovar e ganhar dinheiro.
Na noite anterior, o mesmo pessoal foi tomar cerveja e interagir com os GOAPs, em evento do portal Startupi e da Revista ResultsOn.
São bons prenúncios. Mas não esqueçamos: (i) ainda há muito a se fazer para que a inovação e ao empreendedorismo de alto impacto, baseado em conhecimento, possam florescer - será preciso empreender para que possamos superar as barreiras que existem; e (ii) sempre existirão fracassos e nem todas as empresas, na verdade muito poucas, virão a ser empreendimentos de sucesso. 
Recomendo ler, pensar e empreender!