domingo, 23 de novembro de 2014

As coisas que ninguém vê

Você já leu o New York Times? E o Times de Londres? Ok... eu também gosto mais do Guardian, é mais combativo, mas próximo do que penso - acho que cada um de nós acaba lendo o que está mais próximo do que pensa/acredita e, com isso, fechando-se um pouco mais no que pensa/acredita; faço um bom esforço para ler coisas diferentes, abrir os horizontes. Continuando a lista... e o Le Monde? E o Asahi Shimbun (site novo em inglês: aqui)? E o Corriere Della Sera? Opa... aí também já é demais!
Qual é o ponto? Todos esses jornais, com a exceção do Corriere, não tem uma seção de "economia". Como contraste, dê uma olhada nos diários brasileiros: a indefectível seção de economia está sempre lá!
E daí? E daí que somos obcecados por economia. Mais do que isso, o senso comum em nosso País diz que a economia é uma ciência exata (hard science), enquanto é discutível se essa é ou não uma ciência
Micro e macro são diferentes. No nível micro não há como pensar, estudar e 'trabalhar' a economia sem considerar gestão e estratégia (e as decisões, preferências, comportamentos...). No macro, economia e política se misturam de uma forma quase inseparável.
Quando assumimos que a economia é uma ciência tal como a física ou a química corremos um enorme risco. No Brasil cotidiano, somos prisioneiros dessa visão simplista, simplificadora, pobre, cheia de interesses subliminares e tributária da ignorância geral.
A edição de quase um ano atrás da Foreign Affairs trouxe várias matérias sobre as coisas que não vemos e conformam a vida e o mundo no qual vivemos. A matéria de capa é sobre biologia e DNA - coisinha pequena e enrolada que guarda as informações sobre como 'construir' quaisquer e todos os seres vivos. Mas há também um ensaio muito interessante sobre os sistemas bancários nos EUA, Inglaterra, Canadá e Escócia.
Mais do que qualquer questão econômica ou qualquer explicação a partir das 'ciências econômicas', foram a política, os jogos de interesses e as correlações de forças nessas sociedades que conformaram o funcionamento e o desempenho dos seus sistemas bancários. São as coisas que não vemos... ou pior, que não queremos ver! 
Em resumo: it's the political game, stupid!

sábado, 22 de novembro de 2014

Danados

Não sei quem é mais danado... o Maldaner ou o Wunibaldo!
Mas o livro é danado de bom! Isso eu sei.
Angustia (muito) por vezes, enerva, faz rir, emociona, faz suspense, faz graça.

Chegou...

Não é o cara correndo na foto de capa quem chegou. O 'futurou' chegou à (quase) grande mídia, saiu das publicações científicas e dos círculos restritos de iniciados - geeks, nerds, cientistas e outros tipos.
A Info Exame de Outubro de 2014 (eles disponibilizam as revistas online com uma defasagem de meses em relação às bancas) tem várias matérias que vão além do se encontrava na revista há alguns anos - software & computadores. Há muita sobre medicina, impressão 3D, quantified self (veja aqui um bom site a respeito)...  
Na virada do Século XIX para o Século XX a expectativa de vida no Brasil era de cerca de 35 anos; repito: 35 anos. Hoje passa dos 73 anos. Imagine o que virá por aí. Imagine quem viverá por aí!
Quem viver verá! Chegará lá... no futuro.