sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Onde está o dinheiro? Para onde vai?

O Vale do Silício concentra a maior parte dos investimentos em venture capital dos EUA - Sand Hill Road reúne a maior quantidade de venture capital firms por quilômetro no mundo. Ou melhor, por milha.
O volume de investimentos em venture nos EUA tem subido bastante em anos recentes e o volume investido dobrou entre 2013 e 2015. Mas como em outras áreas da economia (e da vida) é a China que muda o jogo - é o país que mais cresce em número de deals e capital comprometido. 
Quer saber quem são os principais players? Confira esta lista. Ou acredite nos dados e na representatividade de uma das associações chinesas de VC/PE - veja a lista e tire suas conclusões. 
O volume de dinheiro tem aumentado ao redor do mundo, mas os recursos são aplicados majoritariamente em software. Não necessariamente para criar os produtos e as empresas que o mundo precisa, em áreas como alimentos, saneamento, energia, habitação. A lacuna no financiamento da inovação hard é um tema recorrente. Esta edição da MIT Tech Review traz um conjunto de pequenos artigos sobre o financiamento da inovação, como parte de um caderno especial sobre o assunto. 
O dinheiro está nos EUA e, cada vez mais, na China. Vai para software - e algumas outras coisas. Mas isso não resolve os problemas que temos, especialmente um dos mais prementes deles: a mudança do clima. Com ela, a coisa poderá ficar quente de verdade... e eu não estou falando da temperatura do ar.
Precisamos acelerar as inovações em tecnologias limpas. É isso ao que se propõe a mission innovation, iniciativa lançada pelos altos mandatários (o canadense se destaca...) durante a COP21. Do lado privado, Bill Gates e cia. lançaram uma coalizão de investidores e mega empreendedores, pensada para fazer venture capital com perspectiva de longo prazo (e paciência), investindo em eventuais tecnologias limpas que venham a resultar dos investimentos governamentais em pesquisa.
Dá tempo de mudar o jogo? A chamada de capa da revista diz para não ficarmos em pânico. Mas vale colocar as barbas de molho - onde há água, certo?. Os clima muda e os conflitos afloram - a coisa fica quente mesmo. Faz-me lembrar um velho e bom filme do Spike Lee. Val assistir... no conforto do ar condicionado.