sexta-feira, 16 de julho de 2010

Gente para um País que cresce


A Autodata é uma revista especializada na indústria automotiva. Estratégias, economia da indústria, fofocas, histórias, personagens, tecnologias, crônicas e anedotas da indústria no Brasil... está tudo lá. Para quem é novo no ramo, vale ler para conhecer o jargão da indústria e saber quem é quem. Para quem já conhece, vale ler para se manter atualizado. Eu lia mensalmente na época em que estudei a indústria automotiva. Faz tempo....
A edição de junho traz matéria de capa sobre a falta de engenheiros para a indústria automotiva brasileira. Belo tema. Que bom que hoje é essa a preocupação, e não a falta de empregos. Falta gente para um País que cresce...
A matéria é boa, equilibrada. Resumo: está difícil encontrar engenheiros, mas não houve um 'apagão de mão de obra', como muitos chegaram a predizer.
O Brasil forma cerca de 60.000 pessoas em engenharias, tecnologia e ciências exatas a cada ano, conforme dados no site do INEPA questão é que formar um engenheiro de projeto demanda tempo. Um projetista só é formado trabalhando em projeto!
O 'caso' da indústria automotiva serve também para marcar um ponto chave: não há desenvolvimento sem que o Estado tenha um papel central. Se não fosse assim, o 'mercado' já teria se encarregado de formar os recursos humanos necessários à indústria. Apesar do boom do ensino superior privado da década de 1990, o 'mercado' não conseguiu dar conta das necessidades de engenheiros das empresas. Já pararam para pensar por que? Vale pensar....
Não se trata de negar o mercado, mas sim, de dizer que arranjos público-privados são necessários.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Empreender


A edição de junho da Empresas & Negócios traz boas matérias sobre empreendimentos na internet.
Também há matéria (vá lá... está mais para perfil do que matéria...) sobre os novos empreendedores Endeavor
Em tempo... participei (assisti painel e perticipei como debatedor de mesa redonda) do painel global de avalição de empreendedores/empresas, no Rio, em março, gostei muito! Sugiro a todos que tem um empreendimento com alto potencial de crescimento participar desse circuito para aprender e desenvolver rede de contatos. Inscrições/cadastro no site da Endeavor Brasil. Vale a pena!
Com relação à revista, é um bom repositório de informações para quem pensa em empreender. 
Esta edição também tem matéria sobre incubadoras tecnológicas, tema sobre o qual dei pitacos em post do início do mês de julho, neste blog.

sábado, 3 de julho de 2010

Leitura leve e rápida

Não é dos melhores livros de Luis fernando Veríssimo. Inicia interessante, o meio é bom, o final deixa a desejar.
Recomendo para viagens rápidas. Leitura leve.
Leitores de avião do mundo, uní-vos!

Revista velha, idéia nova & empresas nascentes

A edição de junho de 2009 da Inc. (isso mesmo, 2009...) traz uma boa matéria com Paul Graham, fundador da YCombinator. A matéria está disponível no site da revista.
A revista é velha, mas o tema é atual. Mais do que isso, é urgente para o Brasil. O elo perdido para a inovação no Brasil não é tecnologia (que evidentemente é fundamental, precisamos muito, cada vez mais etc.), mas sim empreendedorismo e negócios! É aí que reside uma das principais diferenças com relação ao ecossistema de inovação americano, com larga vantagem para o lado de lá. Falta-nos, ainda, a abundância de recursos (pessoas experientes, empresas especializadas, competências, capital etc.) disponíveis para a estruturação de novas empresas que se encontra nos EUA.
Segundo a Anprotec, o Brasil tem hoje cerca de 400 incubadoras tecnológicas. De um lado, trata-se de um estupendo sucesso, que resultou especialmente do empreendedorismo de gestores e pesquisadores dentro de instituiçoes de ensino e pesquisa (públicas, na sua maioria); em pouco mais de 20 anos, milhares de empresas foram criadas e graduadas. De outro lado, existem pouquíssimos casos de empresas surgidas em incubadoras que tenham 'estourado no mercado' (o grande sucesso é a Bematech... alguém conhece outro?), o circuito das incubadoras é ainda muito fechado, protegido (as empresas não sentem a pressão real do mercado) e pouco conectado ao mundo dos negócios. A administração das incubadoras brasileiras é feita, na maioria dos casos, por pesquisadores e gestores públicos, sem experiência de mercado na criação de novas empresas. A conexão dos mundos dos negócios e das incubadoras tecnológicas brasileiras ainda é um desafio.
Existem poucas incubadoras privadas no Brasil. Desconheço se existem incubadoras for profit (alguém sabe?). MAs isto está mudando, e já é possível notar o 'desembarque no País de incubadoras (sem falar nos inúmeros fundos...) que operam em outros países, como a The Hub, que já tem operação em São Paulo. Ao mesmo tempo, incubadoras já estabelecidas apostam na profissionalização dos seus quadros e na contratação de profissionais do mercado.
A Y Combinator é uma experiência nova, mesmo nos EUA. O modelo me parece interessante, mas não sei até que ponto pode ser replicado aqui. Talvez em lugares dinâmicos, como São Paulo... Tenho interesse pessoal e ficarei de olho! Minha visão de futuro profissional/pessoal inclui a montagem de um fundo+incubadora+consultoria+lounge. Alguém interessado?
Por enquanto, vale ler a revista!