segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Viver é muito perigoso!

Será?
Talvez devêssemos correr mais riscos... enfim...
Mas este livro, com certeza, é genial! Difícil de ler, mas genial!
Esta edição vem com um anexo, um livro (livreto) com fotos e textos da instalação feita no Museu da Língua Portuguesa em 2006, em comemoração aos 50 anos da obra.
Deixo-lhes a pergunta: o diabo existe?


quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Los hermanos - II


Fui à Argentina, por primera vez, em 1989. Foi uma festa, que festa! Desde então, retornei algumas vezes, na maioria por prazer.
Marcos Aguinis é um intelectual argentino conhecido. Ocupou diferentes posições no Governo Argentino, dentre as quais a de Secretário de Cultura na gestão de Alfonsin.
Este livro é ótimo. É um best-seller entre los hermanos. Teve ampla repercusão. É fácil e divertido de ler, além de instrutivo sobre a história e os encantos e desencantos de nossos vizinhos. 
Lendo-o, em uma tarde de sol em Ipanema, aprendi, pensei e ri para valer. Lembrei-me tabém, muito, da Campanha do Rio Grande do Sul e seus dramas.
Somente em 2007 fui a Argentina a trabalho pela primeira vez. muita coisa mudou: a Argentina, meus olhos, o Brasil. Lembrei do que li neste livro.
Em tempo, em 2007 saiu 'El atroz encanto de ser argentinos 2'. Ainda não tem tradução em Português. E eu ainda não li, continua na estante.

sábado, 27 de setembro de 2008

Tecnologia, pra valer!

Technology Review é uma publicação do MIT, possivelmente, a mais conhecida universidade tecnológica do mundo.
Sua última edição traz Barack Obama na capa e uma boa matéria sobre sua (inovadora) campanha. Destaque, também, para o 'economista chefe' de Obama e, mais do que isso, a emergência de uma nova geração de economistas em Chicago. Em tempo, assisitiram ao debate de ontem? Está disponível na íntegra no site da CNN.
Na verdade, comprei a revista pelo
TR35. Trata-se da lista de 'jovens inovadores' organizada pela revista e apresentação dos seus projetos/histórias. Vale conferir!

sábado, 20 de setembro de 2008

A grande aventura, a interminável batalha

Li um livro de Fernando Morais pela primeira vez em meados da década de 1980. 'A Ilha' é gostoso de ler e, àquela época, influenciou em minhas idéias sobre igualdade, justiça e humanidade. Depois, li e gostei de 'Olga', versado para o cinema por Jayme Monjardim há poucos anos.
Morais é o biógrafo brasileiro de maior popularidade. Suas obras têm como marca o texto fluído e saboroso de ler do bom jornalismo. Seu sucesso advém, também, das personagens biografadas, tais como Olga e Chateubriand.
A história do 'Brigadeiro' Casimiro Montenegro (na verdade, sua patente no final da carreira era Marechal) é especial. Quem foi ele? Militar, pioneiro da aviação brasileira, revolucionário em 1930, legalista em 1932, criador do Correio Aéreo Nacional (então Correio Militar Nacional), aluno da primeira turma de engenheiros aeronáuticos do Brasil e criador do
ITA e do CTA, de onde foi Diretor nos seus anos dourados. A sua iniciativa, contra os incrédulos, ignorantes e todos tipos de dificuldades, devemos a existência da indústria aeronáutica brasileira.
A história de Montenegor é inspiradora. Trata-se de uma grande aventura. Não só da aventura de um homem genial, mas da aventura da humanidade. Esta obra é uma belíssima história da eterna luta das luzes contra o obscurantismo!
Montenegro era um visionário, um 'fazedor', um pioneiro e uma figura humana fantástica. Um herói brasileiro! Vale ler, vale conhecer, vale aprender e refletir!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Inteligência verde

Amory Lovins não é o primeiro  autor desta ótima obra, mas é a ele que a mesma deve tributo.
Sua iniciativa pioneira, baseada no Rocky Mountain Institute (RMI), tem destaque nestes tempos de enormes desafios ambientais e energéticos.
Para os autores de "Capitalismo Natural", a contrução de um mundo melhor passa pelo projeto de soluções mais inteligentes para produtos, sistemas de transporte, processos de fabricação e distribuição de bens, cidades, artefatos e espaços humanos no geral. Entenda-se: soluções que (i) partam de uma compreensão sistêmica sobre os ciclos de uso de bens e os fluxos de energia associados e (ii) sejam projetadas para minimizar o consumo de energia e materiais (e, portanto... de energia..).
Mas, afinal de contas, onde entra o 'capitalismo'? Simples: um projeto 'superior' do ponto de vista energético leva a sistemas/negócios com melhor desempenho econômico!
Uma dificuldade, claro, é possuir a capacidade e o ferramental para entender sistemicamente a realidade. Quanto maior e mais complexo o "sistema", mais difíficl de entender. 
Pensamento original, boas idéias, experiência e novos (e simples) conceitos e princípios de projeto podem ser encontrados nesta obra e nos trabalhos do RMI. 

PS: apesar do 'verde', este nada tem a ver com o 'post' anterior.

Vampiro do olho verde

Curitiba é uma cidade fria. Dalton Trevisan é de lá, daquelas bandas planaltinas outrora cheias de araucárias. Seu texto, porém, nada tem de frio.
Os contos neste livro 'falam' da vida à margem da sociedade, o que poucas vezes (de fato) prestamos atenção. Tudo misturado: violência, alcoolismo, drogas (não nas festas dos 'bacanas', mas sim nas vielas sem futuro...), gente pobre, periferia, porrada da polícia, falta de dignidade e esperança...
Apesar da temática, o texto corre solto, é fácil e gostoso de ler. 
Nunca antes tinha comprado um livro do 'vampiro de Curitiba'. Gostei! Comprei, ataquei e liquidei no sábado mesmo! Ooops.. perdão, quem ataca é maníaco! Longe de mim!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Mirando doutro ângulo...














Falando em petróleo... encontrei este livro com cartoons árabes, na sua maioria relativos aos conflitos no Oriente Médio e à disputa pelo petróleo. Muito legal!
Os textos são em árabe! 
Mas.. uma imagem vale por mil palavras, certo? 
Pelo que entendi (pelo menos os numerais arábicos eu entendo...), as tiras/cartoons contidos no livro foram originalmente publicados em dois períodos diferentes: durante a primeira Guerra do Golfo (1991-1993) e nos anos que antecederam invasão do Iraque por forças americana em 2003. O livro é de 2003. 
Para quem interessar, a agência que produziu o livro se chama Abu-mahjoob e possui um site internet com versão em inglês. Alguns (não sei e todos) os cartoons na internet têm traduções em inglês.
É sempre bom (e neste caso divertido) variar e ver o mundo de uma ótica diferente.
Ganha um litro de gasolina quem adivinhar com 'quem' os cartoons 'sacaneiam'. Idéias? Hipóteses? Provas?

Brasil, 2008


Está nas bancas, sob as ondas do mar e a camada de sal: o ouro negro da costa do Brasil.
A última Exame contém três matérias sobre as descobertas recentemente anunciadas de jazidas de petróleo na dita camada pré-sal'. Desses textos, o que trata da Petrobrás e sua preparação para uma nova fase de negócios/crescimento é bom para que se possa ter uma idéia (i) da importância atual da companhia para o País e (ii) dos desafios que irá enfrentar (já enfrenta) para crescer e operar os novos campos - uma coisa anda junto com a outra.
Para informações sobre o atual plano estratégico da Empresa (pré 'pré-sal'), veja o seu site.
Pena que eu não tenho a imagem da capa de 1953 do Estadão que desdenhava da 'campanha do petróleo' e da criação da Petrobrás. Brasil, 1953....


segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Sem receitas


Dani Rodrik oferece um pensamento analítico rigoroso e astuto sobre os 'fenômenos do desenvolvimento', com contribuições importantes para a compreensão do 'papel das instituições' na promoção do desenvolvimento. 
Esta obra parte de um ponto óbvio (pelo menos deveria ser): não existe "the one best way" para a promoção do crescimento econômico e, de forma geral, as (muitas) soluções possíveis são dependentes do contexto. Pois bem, parece óbvio, mas certamente não é a voz corrente dos (muitos) pseudo economistas de plantão, das 'autoridades do mercado' e da mídia; esta, normalmente à busca de simplificações grosseiras, declarações bombásticas e sangue.
Rodrik usa a 'caixa de ferramentas' dos economistas neoclássicos para testar hipóteses, analisar e entender os (altamente complexos; multicausais) fenômenos do desenvolvimento. Sim, 'model world' faz-se presente no livro. Longe de respostas prontas, oferece hipóteses falseadas, conclusões e diretrizes propostas. Uma parte expressiva da obra é dedicada ao assunto instituições.
A segunda parte ('institutions') inicia com um longo capítulo sobre política industrial. Vale ler e refletir sobre o Brasil.
Em tempo... talvez valha para os EUA, onde o debate sobre o assunto, sempre velado apesar do forte papel 'jogado pelo Estado' na promoção do desenvolvimento, parece ganhar novos contornos. Ver post no blog do Rodrik. Sem usar o termo 'política industrial', as propostas para economia (ver página 13 do 'Blueprint for Change') de Barack Obama incluem incentivos fiscais para inovação, formação de pessoas e extensionismo, escolha de prioridades tecnológicas e industriais. Já ouviram falar disso? 

Das férias

Este não deveria ser objeto de um post. Não vale ler, vale ver! Ah.. e como vale!
As fotos são geniais, muitas cenas realmente inattendues.
Para os que  gostam de livros de fotos (como eu): há um bom site francês sobre o assunto: Livres Photos.

domingo, 31 de agosto de 2008

Doing business in China

A McKinsey Quarterly lançou um número especial sobre a China. Pelos predicados da McK e da Quarterly, não chega a ser brilhante, mas vale ler. Recomendo ler!
A McK fez uma survey sobre a internacionalização das empresas chinesas. Duas questões se destacam: (i) as empresas chinesas têm défcit de competências e profissionais capazes de estruturar/operar negócios internacionais e (ii) o principal motivo - pelo menos até o momento, das aquisições feitas no exterior é garantir o acesso a recursos naturais. Mas vale dizer, cada vez mais, acesso a mercado e a RHs passa a ser o moto pricipal dos M&As chineses.
O que isso tudo tem a dizer ao Brasil?
O primeiro ponto acima também vale para as companhias tupiniquins. O desafio de encontrar RHs capazes de operar globalmente também é sentido aqui. O segundo, sugere-nos uma reflexão geopolítica (tema explícito do livro objeto do post anterior), inclusive sobre nossa presença e relação com a África. 

Bichos novos na floresta da economia mundial


China e Índia estão na moda. Mais ainda, nestes tempos olímpicos, quando assistimos ao espetáculo do Dragão Chinês.
Este livro ajuda a entender um pouco as transformações em curso nesse país e no seu vizinho asiático, seus desafios, perigos, questões na agenda, motivos, protagonistas, percalços, disputas, fatos, dados etc. 
É um bom texto, equilibrado, escrito por uma jornalista experiente. Robyn Meredith alia um texto fluido e convidativo com uma (rara) visão balanceada dos processos de desenvolvimento de nossos 'companheiros' de BRIC.  
Fugindo do lugar comum da apologia das 'reformas econômicas', discorre sobre os contras e os desafios enfrentados por esses dois países, que não são poucos. Lembremos (das longínquas aulas de história): a China viveu o início de uma 'revolução industrial' por volta do ano 1.000 d.c., que não foi em frente por causa da fragmentação política de então.
A obra é concluída com uma reflexão sobre 'a questão' (ou questões) que a emergência desses países, a China em especial, põe ao mundo, particularmente aos Estados Unidos. O epílogo aprsenta conteúdo/idéas muito próximas as de John Kao: inovar é questão chave para os EUA manterem a liderança, a hegemonia (esta é a agenda americana).
Aqui, ao sul do Equador, ficamos com a questão: e qual é a nossa agenda?

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Eta cabra da peste...


"Eu sou de uma terra em que o povo padece,
Mas nunca esmorece, procura vencê,
Da terra adorada, que a bela cabôca,
De riso na bôca zomba no sofrê..."
E viva o Brasil!

Abramos os olhos!

Um excelente livro. Lembrei dele quando li, há poucos dias, uma nota sobre o filme (blindness) do Fernando Meirelles, baseado nessa obra do Saramago.

Estava em Montevideo quando eles estavam filmando lá, em setembro de 2007. Assistirei!

Vale ler e refletir. Que as trevas não nos alcancem, de novo, jamais!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Desenvolvimento



Há uma boa entrevista com João Paulo dos Reis Velloso na última Desafios do Desenvolvimento, revista editada pelo IPEA.

Além da entrevista, vale conferir matéria sobre microcrédito no Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Para quem possa interessar:

  • 3.300 empréstimos por dia;

  • inadimplência: 0,94% (a matéria não esclarece se o percentual se refere ao montante emprestrado ou ao número de empréstimos; mas não deve existir diferença significativa caso se adote um ou outro indicador).

sexta-feira, 2 de maio de 2008

El poeta

García Lorca teve vida breve. Assassinado pelos fascistas partiários de Franco, em 1936, teve pouco mais de 15 anos de 'vida produtiva publicável' (publicada). Talvez até por isso, seja um dos poetas espanhóis mais famosos.
Esta edição bilíngue da Martins Fontes cobre toda a sua obra poética.

....
"Sin ningún viento,
hazme corazón!
gira, corazón;
gira, corazón"!

Fala sério!

Faz tempo que li este livro. Estava ainda envolvido com as 'lidas acadêmicas'. É divertido (eu achei!) e contudente.

Alan Sokal é professor de física da New York University, nos EUA. Em 1996 publicou um artigo em uma respeitada revista de ciências sociais. Tratava-se de uma farsa, uma paródia. Tinha sido escrito com palavras rebuscadas, termos apropriados das 'ciências hard' e então empregados nas ciências sociais.

O artigo original de Sokal, o texto posterior que 'elucidou' o caso e vários sobre o "incidente Sokal" (além de artigos e materiais variados do autor) podem ser encontrados na internet na página pessoal do autor na NYU.

O livro conta a história dessa farsa e debate as questões de fundo por detrás da picardia. Em resumo: apropriar-se de 'termos científicos', relativizar a realidade (negar a possibilidade da compreensão objetiva da realidade) e escrever coisas complicadas, que ninguém entende na verdade, não é ciência. O problema: na medida em que a 'comunidade' (qualquer uma: científica, acadêmica, empresarial, intelectual...) aceita esse tipo de 'prática', corre-se o risco torná-la a regra! Assim, tudo passa a ser possível... ou melhor, tudo é relativo!

O livro, além de diversão, vale como alerta nestes tempos, quando florescem a auto-ajuda empresarial e a pseudo ciência e proliferam os pseudo intelectuais/cientistas e seu textos herméticos que não dizem nada. Estejamos alertas!

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Há algo de novo no front!


Encontrei essa 'revista' (?) na Livraria Cultura. É distribuída de graça. Formato: 5 x 10 cm! É uma 'pocket mag'!
Achei bem legal a tal de resultsON! Tem coisas interessantes e diferentes, nada de auto-ajuda estilo "Você S.A.". Ufa...
O site também é bom!
Vale conferir. Ah.. é possível receber em casa... mas o site (www.resultson.com.br/emcasa) indicado não funciona.

Los hermanos - I


Este livro foi escrito na época da Guerra das Malvinas, com base em depoimentos de combatentes argentinos. Tornou-se popular no país vizinho no pós-guerra.
Não é uma obra-prima, mas vale ler. Dá uma visão da assimetria entre as forças argentinas e britânicas. Qual dos lados estava melhor treinado e equipado? Façam suas apostas...
A prosa é simples. Os fatos narrados são prosaicos. É uma crônica da guerra, vista dos olhos do jovem argentino comum (cujo mundo era/é muito distante do mundo dos oficiais). Levados para uma guerra sem sentido, por uma ditadura decadente, só queriam uma coisa: cair fora! A mais importante das suas questões existenciais: "como faremos para não morrer amanhã"?
A resposta, pensaram ter encontrado os "pichiciegos".

Green troubles!


Há uma matéria bastante interessante sobre a ZAP na Wired de abril/08. Vale a pena ler. Há menção na (longa) matéria ao projeto brasileiro da Obvio!, em desenvolvimento, que deverá originar dois veículos a serem comercializados nos EUA pela ZAP.
A ZAP é uma empresa americana que promete colocar no mercado diferentes modelos de 'carros verdes', desde modelos elétricos até veículos movidos a etanol. Conforme a Wired, a ZAP estaria 'enrolando' clientes, distribuidores, investidores e parceiros de desenvolvimento dos produtos: muitos dos produtos prometidos não chegaram ao mercado e nem estariam a caminho!
O site da ZAP faz contraponto e aponta para matéria na Popular Mechanics.
Vale a pena ler para ver como o tema negócios/inovação é complexo e sujeito a todo tipo de risco! Bem vindo à polêmica!
Tirem suas próprias conclusões!
Veremos o que acontece... ou não!
PS: em tempo, a matéria sobre a Apple é boa.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Não esqueçamos dos mestres!


Havia um bom tempo que tinha lido esta (famosa) obra de Celso Furtado. Valeu a pena reler em 2008!
O funcionamento da economia é um fenômeno (muito) complexo. A complexidade que hoje encontramos não poderia nem ser imaginada algumas décadas no passado; muito menos, na época do Brasil colônia. Porém, são valiosas as lições que se pode tirar da nossa história econômica. Nesse sentido, esta obra é indispensável.
Valem dois destaques. O primeiro diz respeito à capacidade analítica singular de Furtado e à forma como suas conclusões são encadeadas e apresentadas. O segundo, ao olhar sócio-econômico sob o qual se desenvolve a obra.
"Formação Econômica do Brasil" apresenta um desenho sistêmico e dinâmico do funcionamento e evolução da economia. É absolutamente notável sua capacidade de entender, 'modelar' e comunicar ao leitor as relações sistêmicas entre variáveis e eventos que definem o funcionamento e as mudanças da economia ao longo do tempo. Longe dos modelos prontos, das simplificações matemáticas e análises estáticas que caracterizam a literatura corrente de economia, este livro é fruto de um pensamento altamente sofisticado e rigoroso.
A economia não é uma equação! Existem interesses em jogo, fazem-se opções, os atores se movimentam, dão sentido as suas ações, geram, apropriam-se e distribuem valor. A economia é, também, um jogo social. Celso Furtado é mestre em dar 'nome aos bois' e explicar que muito (alguma coisa sim...) não acontece por acaso, mas, isto sim, em função dos interesses e do poder detido pelos diferentes atores/grupos sociais/econômicos.
Leiam! Para ter uma aula de 'pensamento sistêmico'. Para conhecer mais o Brasil e pensar como podemos melhor engendrar (será possível?) processos de desenvolvimento!

terça-feira, 18 de março de 2008

Engenharia de Produção

Este eu não só li como escrevi. E recomendo!
O livro resulta de mais de 10 anos de pesquisa e trabalho em projetos na indústria para implantação e melhoria de sistemas de gestão da produção.
Para os entendidos em manufatura: os conceitos e técnicas apresentadas combinam Teoria das Restrições (TOC), Sistema Toyota de Produção (STP) e desenvolvimentos originais dos autores.
Está à venda no site da Editora Bookman e em livrarias em geral. Veja algumas: Livraria Cultura e FNAC.
Ah... e os autores são uns caras super legais!

Delfim Netto na Carta Capital

Disponível na íntegra no site da Carta Capital.
Edição de 19 de março.

DNA da inovação... ainda à procura...



Há uma boa entrevista com Gary Hamel e Lowell Brian (McKinsey) na McKinsey Quarterly 01/2008. Conclusão: encontramo-nos em um período pré-paradigmático do projeto e gestão das organizações nestes tempos de inovação e internet.

O tema geral da edição é inovação (do ponto de vista das organizações), com diferentes artigos sobre o assunto.

Para os curiosos, vale conferir a nova empresa do Hamel: MLab.

domingo, 16 de março de 2008

Angeli


Achei este o melhor da série de 4 livros do Ozzy editados pela Companhia das Letras!
Mais, muito mais, no site do Angeli!

Hans Castorp, Settembrini & Cia.


Do Prólogo...
"A favor de Hans Castorp convém, entretanto, mencionar que esta é a sua história, e que há histórias que não acontecem a qualquer um".
Do Epílogo...
"Será que também da festa universal da morte, da perniciosa febre que ao nosso redor inflama o céu desta noite chuvosa, surgirá um dia o amor"?
Leia! Leiam! Não deixem de ler!

Global iCon


Gostei muito desta biografia do Steve Jobs. Equilibrada, divertida de ler e instrutiva.
Oferece uma visão das idiosincrasias da figura (quem não as tem?) e, melhor ainda, da história da Apple e de como se transformou na empresa de hoje.
Destaques para as características pessoais do Jobs (obsessão pelo design; agressividade; intolerância com o erro) e sua influência nos produtos e negociações da empresa, a história da criação do iPod, a 'saga' da Pixair e a 'construção do mito Jobs'.
Fornece uma visão privilegiada do DNA do capitalismo do 'Vale'.
Foi editada em 2005 mas ainda é atual.

Nosso mundo - 2


Belas fotos e histórias emocionantes.
O tema central são as pessoas neste nosso 'mundo globalizado'. Imigrantes, gente de todos os cantos e circuítos - dos fashionistas de Milão aos asiáticos que fabricam os produtos com seu design.
Está organizado capítulos temáticos, cada um de autoria de um fotógrafo/autor. Mexicanos em busca de futuro nos EUA, vetnamitas, chineses que emigraram dentro de seu país em busca da requiza do desenvolvimento recente na costa, refugiados na África e nos Balcãs, práticas religiosas espalhadas da África para a América.
É um registro inspirado e emocionado do lado duro deste mundo que se mistura. Bom para lembrar que o há muito mais lá fora.

Voa Brasil


Uma ótima pesquisa, um bom livro. Fácil de ler (o que é fundamental meus caros pesqisadores...), altamente relevante e com conteúdo.
A Embraer é uma das principais empresas brasileiras e a terceira maior produtora mundial de aeronaves. A pesquisa de Zil Miranda joga luz sobre a história da Empresa, os fatores que levaram ao seu sucesso e os desafios que enfrenta atualmente.
O sucesso da Embraer decorre da conjunção de fatores de mercado (p.ex.: a desregulamentação do mercado americano), do acúmulo de competências de engenharia (processo para o qual o projeto AMX foi chave), da adoção de novas formas de organização e relacionamento com fornecedores eo apoio governamental.
A Empresa enfrente hoje novos desafios, destacando-se aqueles relacionados à competição com novos produtores, à incorporação de novas tecnologias (especialmente de materiais) à retaliação dos competidores estabelecidos, dentre outros.
A autora advoga uma atuação ativa do Estado Brasileiro, a exemplo do que fazem outros países, no apoio à Empresa.
Este é o segundo livro da coleção Inova Sigma, da Editora Papagaio.

Nosso mundo


O filme é ótimo e o livro é um bom complemento. O conteúdo é basicamente o mesmo nas duas mídias.
O texto é uma transcrição do filme, recheado de fotos, gráficos (os mesmos apresentados no filme) e boxes de informações.
As fotos são ótimas e os dados convincentes. Vale ter à mão para consulta, para quem o tema interessar, para mostrar para as crianças, para estudar.
Algumas informações, material promocional e educacional podem ser obtidos no site mantido pelo autor.

El Túnel



"...en todo caso había un solo túnel, oscuro y solitario: el mio, el túnel en que había transcurrido mi infancia, mi juventud, toda mi vida".

Genial....

Inovar é preciso



Um ótimo livro. Fácil de ler, com uma excelente lista de sites, referências, exemplos e curiosidades. Informa e põe em tela questões importantes.

Pontos que vale notar: destaca o papel do Estado na promoção da inovação, faz uma boa ponte entre cratividade e tecnologia, ilustra as idéias com exemplos contemporâneos de inovações e inovadores, marca que inovação não é tecnologia, sugere novas formas de organização e arranjos institucionais para a promoção da inovação.

O tema é atual, todos sabemos. É interessante notar nesta obra a preocupação com a promoção da inovação nos EUA e o papel que o Estado e a artiulação público-privada têm a desempenhar. Suas propostas incluem a criação das seguintes estruturas/poosições no governo federal americano: (i) assessor nacional de inovação, (ii) Conselho Naconal de Inovação e (iii) Orgão Nacional de avaliação da Inovação. Conexão ao centro do poder, coordenação, articulação público-privada e senso de urgência na implementação de mudanças são pontos destacados.

Vale pensar nos exemplos e propostas com relação ao Brasil. Se nos EUA é preciso ter senso de urgência e melhorar a institucionalidade, aqui certamente temos um desafio ainda maior a enfrentar.

O autor é um excelente palestrante. Assisti palestra sua em Washington, em outubro de 2007.

Vale comprar, ler e conferir o site da obra.

Ótimas risadas


Uma escritora nova, leitura leve, ótimas e novas risadas.
Gostei bem mais deste livro do que de sua obra mais conhecida: 'A Vida Sexual da Mulher Feia'. Tallvez porque tenha sido o primeiro contato.
Vejamos os próximos... e riamos também
!

E ganhou o melhor!


Este belo e extenso livro é gostoso de ler. Traça um panorama amplo das expedições de Robert Falcon Scott (Reino Unido) e Roald Amundsen (Noruega) ao Pólo Sul e mostra a superioridade técnica, moral e de gestão da expedição norueguesa, a primeira a atingir o 'último lugar do mundo'.

Scott e Amundsen eram pessoas muito diferentes. E os resultados de suas empreitadas também o foram.

Amundsen era muito mais humilde, previdente, curioso, sensível, analítico e sem preconceitos do que Scott. Sua façanha não é resultado do acaso ou de simples 'bravura'. Pelo contrário, resulta de trabalho abnegado e de uma incrível capacidade de aprender, construir conhecimento aplicado e liderar pessoas.

A organização e a técnica (muito dela resultante de um forte 'benchmarking' com os esquimós, a quem os inglês areditavam somente ter a ensinar e nada a apreender) norueguesas eram superiores, e sua liderança mais capaz. Os noruegueses chegaram ao Pólo em 14 de dezembro de 1911.

As quase 700 páginas do livro valem a leitura; e o aprendizado. Trata-se de um excelente 'caso' para estudo de estratégia, planejamento, gestão da tecnologia, liderança etc.

sábado, 15 de março de 2008

Uma história espetacular.... com belíssimas imagens!



Este livro é maravilhoso!
Bem escrito, história ótima, fotos primorosas!
Qual é a história? 1914, 23 homens, 69 cães, um navio reformado (o Endurance), 11 meses presos no gelo, um naufrágio no mar polar, mais 11 meses percorrendo milhares de quilômetros a pé ou em pequenas baleeiras no mar antártico, nenhuma baixa, a primeira expedição polar totalmente fotografada.
As fotos de Frank Hurley são espetaculares. Milhares foram feitas, muitas sobraram (as demais se perderam e/ou pereceram na Antártida) e estão no livro de Caroline Alexander, editado no Brasil pela Companhia das Letras.
O caráter 'humano' da histórioa, com suas alegrias, companheirismo, dramas, tensões etc. e fantástico.
Pode-se até criticar a preparação da expedição (ver post relativo a Scott & Amundsen). Todavia, a lição de persistência, coragem, liderança, lucidez e respeito pelos seus homens de Schackleton é ímpar e vale a leitura e a admiração!

Herói ou vilão?



Este é um personagem que vale a pena conhecer: Corto Maltese.

Sujeito irônico e de princípios, com forte senso de justiça. De personalidade ambígua e espírito anarquista, equilíbra-se entre o bem e o mal e vive no mundo, sem pátria, família ou outros vínculos.

Não conheço muito de quadrinhos, mas deste gostei de verdade. A dica devo a Evando Mirra!

O título ao lado é o primeiro da séria, lançado originalmente em 1967.

A quem interessar: a Editora Pixel está gradualmente lançando a coleção completa de Corto Maltese no Brasil.

Para pensar a estratégia de desenvolvimento


Este livro é uma das contribuições recentes mais importantes para a compreensão da indústria brasileira e a reflexão sobre a 'promoção do desenvolvimento' no Brasil.
Trata-se de trabalho pioneiro, com utilização em larga escala de microdados; isto é, as análises resultam da manipulação e aplicação de técnicas estatísticas a uma enorme massa de dados de empresas individuais (cerca de 72.000 empresas). Com isso, torna-se uma compreensão mito melhor do funcionamento da economia do que seria possível com a análie de dados setoriais ou agregados da economia.
A pesquisa cruzou dados de diferentes pesquisas (PIA, PINTEC) e bases oficiais (SECEX, Bacen, Rais etc.). Com isso, tornou-se possível compreender as relações entre inovação, emprego, exportações, controle de capital das empresas, porte etc.
Uma importante contribuição conceitual é a utilização de uma classificação para as empresas com base nas suas estratégias, searando-as em (A) empresas que inovam e diferenciam produtos, (B) empresas especializadas em produtos padronizados e (C) empresas que não diferenciam produtos e têm produtividade menor.
As conclusões são claras: inovação tem impactos positivos em todos aspectos estudados. As empresas que inovam e diferenciam produtos são mais produtivas, geram mais e melhores empregos, crescem mais, exportam mais etc.
Este livro é primeiro de uma importante série do IPEA. A relação das obras e mais detalhes sobre a linha de pesquisa que lhe dá origem podem ser encontradas no site do IPEA.
E atenção... o IPEA lançou um programa de pesquisa (Programa de Estudos da Produção, Tecnologia e Inovação) no qual pesquisadores externos podem participar e acessar o banco de microdados para a realização de suas pesquisas. Propostas de pesquisa devem ser submetidas ao IPEA e ao Observatório da Inovação e Competitividade.