quarta-feira, 30 de julho de 2014

Brasil urgente

A disputa do Século XXI é a disputa pelo conhecimento, disse certa vez o ‘Pepe Mujica’, em seu discurso de posse como presidente do Senado do Uruguay. Já escrevi isso em algum dos posts deste blog. Torno-me repetitivo. Preciso ler e estudar coisas novas!
Só os países que construírem e controlarem ativos de conhecimento relevantes terão um lugar ao sol no futuro. Os demais, mesmo que avancem e cresçam economicamente, jamais poderão oferecer as mesmas condições de vida aos seus habitantes que os líderes em conhecimento. Ah... não há problema se os líderes estiverem localizados muito ao norte, a 'renda de monopólio' que seus ativos de conhecimento lhes proporcionará (já proporciona) permitirá que venham passar longas férias (como já fazem) por aqui, nos trópicos!
O caminho da sofisticação econômica passa pela formação e manutenção de um contingente de pessoas qualificadas e de alto desempenho. Até hoje, a educação universitária era o (quase) único caminho para que isso fosse possível. Não será mais assim!
Estudei sempre em escolas públicas, em todos os níveis de formação pessoal. Na cerimônia de graduação em Engenharia da minha turma na UFRGS, há muitos anos, fiz questão de valorizar o caráter público e gratuito das universidades federais – estudei em uma delas. Hoje, acredito que o modelo dessas organizações não tem futuro. Ou a universidade pública brasileira se reinventa ou perderá totalmente a sua relevância; talvez morra.
O mundo sabe que educação é chave. Sempre soube. Os que estão à frente sempre apostaram nisso e seu sucesso se deve, em muito (muito, muito mesmo...), ao capital humano. Você está careca de ler a respeito na mídia, de saber. Já escrevi aqui um, dois, três, quatro posts a respeito. Muita gente infinitamente mais relevante já escreveu inúmeras e melhores coisas a respeito. O que mudou então?
Temos cada vez mais pessoas que cursaram e cursam educação superior no Brasil. Muitas e muitas delas com formação pra lá de duvidosa. Não é raro encontrar alguém que busca ascender socialmente e investe em um curso superior ‘picareta’, que ao término só deixa a dúvida: “por que não consigo emprego na minha área de formação”? Lamento pessoas... você foram enganados!
Ao mesmo tempo, criaram-se várias novas universidades federais no Brasil, de norte a sul. Terão elas todas a mesma qualidade? É evidente que não! Precisaremos de todas elas no futuro? Não sei dizer. É razoável existir uma carreia única para todas essas instituições? Acho que não. Elas cumprem a função que deveriam na sociedade? Compreendo que ainda estão distantes. 
É preciso compreender o que se passa, pensar e agir!
Vale você ler a matéria de capa desta edição da The Economist e pensar no que a mudança que está se processando na educação universitária quer (quererá) dizer para o Brasil. Use o que você aprendeu (espero) na escola.

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