terça-feira, 5 de novembro de 2013

O Brasil e seus limites...

Há algum tempo que eu não lia a Carta Capital. Não sei se foi o efeito do tempo ou se a revista ficou menos 'chata', mas gostei desta edição. Aliás, o site também melhorou.
Uma boa análise da relação de amor (na alta) e ódio (na baixa) do Brasil e da mídia com o Eike é feita pelo Luis Nassif no seu "Jornal GGN". Mas é isso mesmo... a mídia de negócios é no geral desprovida de crítica... quando o cara estava bem era o grande empreendedor, agora é pária. 
Mas o Eike (que eu acho que tem vários méritos... como também defeitos...) é apenas uma face do Brasil.
A discussão mais relevante dessa edição da Carta Capital é sobre os limites institucionais do Brasil (atenção: só está disponível na versão impressa!). O Brasil não funciona ou funciona mal... já pararam para pensar por que?
São os nossos limites institucionais... as regras do jogo e as 'organizações' que operam as regras. Uma das facetas disso são as compras e a as obras públicas. O regramento existente é anacrônico! As formas de controle antiquadas!
Você se perguntou alguma vez por que tem que apresentar documentos ao Estado quando vai vender algo (ou pior... só apresentar uma proposta) ou se candidatar a um trabalho no governo? Por que levar uma certidão dizendo que você não está em débito com quem você irá tratar (algum funcionário do Estado)? Isso é anacrônico! 
Por que uma compra pública tem que apresentar os preços de referência antes? Para facilitar o conluio de quem vai vender?
Por que não mudamos essas regras?
Por não conseguimos fazer a reforma política? Por que não conseguimos fazer a reforma fiscal? Por que o Juiz 'Lalau' e o ex-senador Luis Estevão, condenados por um golpe de mais de um bilhão ocorrido há quase vinte anos, poderão se livrar da cadeia (veja a reportagem na Globo News)? 
São os nossos limites institucionais! Não adianta dizer que é o governo, quem diz isso não entendeu nada do funcionamento da sociedade. Somos nós! Pense a respeito... sem limites!

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