quarta-feira, 22 de junho de 2011

A Amazônia, o microcomputador, os cipós e o Brasil

Escrevo no meu computador, sobre a edição mais recente da PiauíEstava com saudades dos seus textos ácidos, debochados, bem escritos, com conteúdo, muitas vezes sobre histórias inusitadas.
Possuidora desse estilo, é a matéria sobre a última fábrica de máquinas de escrever mecânicas do mundo, que fechou há pouco as suas portas, uma unidade da empresa indiana Godrej & Boyce, que por sua vez é parte do conglomerado Godrej
Você conhece? Deveria, pois eles vem por aí... O Grupo  tem várias unidades de negócios, que incluem produtos químicos, eletrônicos, BKs, imóveis, higiene pessoal, computadores, serviços etc. Possuem uma unidade de cosméticos na Argentina. Se você tem um look com cabelo lambido a la porteño, talvez ele seja resultado de um spray indiano!
Brincadeiras a parte, duas outras matéria relevantes na Revista versam sobre temas que tem a Amazônia como parte da história. Duas matérias relativas a temas envoltos em cipoais...
A primeira é sobre a queda do Boeing da Gol em 2007, após colisão com um Legacy de uma companhia de aviação executiva dos EUA, sobre a Floresta Amazônica. Como de costume nessas situações, várias causas atuam ao mesmo tempo para gerar o sinistro; não há uma explicação simples (causa única). No caso específico, erraram os pilotos americanos, os controladores brasileiros e talvez outros. O caso foi apurado e a disputa agora se dá na Justiça.
O cipoal jurídico brasileiro (sempre cabe mais um recurso...) faz com que ainda não tenhamos um resultado final para o processo. Apesar dos avanços no Judiciário Brasileiro e do importante trabalho do Conselho Nacional de Justiça, precisamos mais, muito mais. A Justiça Brasileira é ainda muito lenta e o rito jurídico é antiquado, pouco transparente, moroso, ineficiente, hermético ao cidadão comum e falho para com a cidadania (idem para os processos de gestão associados). Precisamos abrir uma picada no cipoal, dar mais racionalidade, velocidade e transparência ao funcionamento do Judiciário. Esta é uma reforma institucional fundamental para o Brasil!
O segundo caso amazônico diz respeito às estimativas sobre sequestro e emissão de Carbono no Brasil. Avançamos no assunto e temos competência no País (vide o INPA e o caso relatado na matéria) para fazer mais; precisamos de mais. Mais precisão nas medidas, mais recursos dedicados ao tema, mais atenção, mais debate, mais ação. Agora... aparentemente, será difícil avançar a agenda de proteção ambiental (e econômica... alguém ainda não entendeu que a questão ambiental é econômica?) com a possibilidade de aprovação de um novo Código Florestal, que tramita no Congresso Nacional. Vale acompanhar o debate, conhecer os principais pontos, os argumentos contra e a favor do texto que foi aprovado na Câmara dos Deputados. É precio se emaranhar no cipoal para compreeender a questão.
Em tempo, eu sou contra o texto aprovado na Câmara!
Para descontrair: o Diário da Dilma está divertidíssimo. Vale ler e gargalhar.
  

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