segunda-feira, 13 de junho de 2011

Casar ou comprar uma bicicleta chinesa?

Decidir não é fácil! Quem já casou (ou deixou de casar por opção própria....) sabe disso. Comprar uma bicicleta também pode ser complexo. Eu fiquei um ano para escolher um bicicleta (e comprei um modelo simples, fabricada em Taiwan). Casar foi mais rápido!
Esta edição da HBR traz uma matéria simples (sem nada de novo, apenas bom senso e um checklist de questões bem pensado) mas relevante sobre tomada de decisão em projetos estratégicos - no mundo dos negócios é claro.
E onde entra a China nessa história? A China é o maior mercado mundial de bicicletas (e de carros, sapatos, celulares e muitos outros produtos)! 
Várias matérias nessa edição se referem aos ditos 'mercados emergente', incluindo uma sobre as dificuldades/falhas das companhias ocidentais em identificar/visualizar oportunidades de negócios no mercado interno chinês. Surpreendente, não? Embora assim possa parecer (aos olhos de um brasileiro), é fácil de compreender: as estruturas das corporações transnacionais com origem nos EUA (em especial) e na Europa são tão grandes e orientadas para os seus mercados de origem que se torna difícil a elas identificar oportunidades, conhecer os mercados e clientes dos países emergentes, captar tendências, desenvolver produtos para a 'base da pirâmide'. Até mesmo acreditar que há sentido focar nos mercados dos países emergentes deve ser difícil em algumas corporações! 
Há aqui uma oportunidade para empresas dos países emergentes (brasileiras inclusive): aproveitar a brecha que se abre com o crescimento desses mercados (do nosso e de países com características similares) e as dificuldades das TNCs americanas e européias em atendê-los com produtos adequados a suas realidades. É oportunidade para crescer, inovar, internacionalizar.
A seção especial sobre inovação traz uma matéria sobre a Procter & Gamble e o seu 'sucesso' na sistematização dos processos de inovação, a partir de novas estruturas e veículos de gestão. Alguns dos exemplos de sucesso estão associados ao desenvolvimento de produtos para os mercados emergentes. O 'caso' bem ilustra (i) a importância de se pensar/implantar modelos de gestão da inovação e (ii) que a Corporate America está em movimento para capturar as oportunidades na base da pirâmide.
Para quem dos emergente quiser aproveitar a brecha, recomendo velocidade e método.... e mulheres na equipe (procure na revista o proquê)!

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