domingo, 17 de agosto de 2014

Política

Como será que faremos política no futuro? Como será a participação dos robôs? Como nos sentiremos discutindo com eles nossas preferências, ideias, prioridades, interesses, vontades....? Faremos isso?
Bem, antes disso, teremos que nos resolver entre nós.
Jogo difícil, meus caros humanos. Necessário!
O Asimov combinava de forma ímpar conhecimento científico com criatividade e uma aguçada sensibilidade para as 'questões humanas'. Precisaremos de um pouco disso para construir uma ponte com um futuro melhor, mais justo, livre e humano.

Stylish industrial policy

A trilha sonora da Rádio Monocle 24 é das melhores que conheço, contemporânea, descolada, global, com qualidade. 
Escuto bastante rádio, acho que é hábito de gente velha (eu), não? Com certeza é influência do meu pai e da 'cultura de rádio' do RS. Não tenho elementos factuais suficientes, mas acho que tem várias particularidades em relação ao resto do Brasil.
Bem... se rádio é coisa antiga, a Monocle não tem nada disso. É uma das publicações mais descoladas que existem. Mistura design, moda, tecnologia, negócios, política internacional, tendências, maluquices, novidades, consumo, comportamento, vida digital, viagem etc. etc.
Esta edição tem uma matéria sobre a 'nova onda' da manufatura em setores tradicionais da indústria, como confecções, móveis, têxteis. São exemplos originados em diferentes países, na maioria emergentes (p.ex. Turquia) ou aqueles menos avançados (p.ex. Portugal) que integram blocos poderosos como a União Européia. Todas as iniciativas tem um traço comum: o foco na geração de valor agregado, diferenciação de produtos, inovação, aplicação intensiva de conhecimento aos processos industriais. 
Não há segredo! Há novidade? 
Sim, há uma olhar renovado sobre o tema política industrial ao redor do planeta. Muito além de proteção de mercado e substituição de importações, as versões modernas estão mais para políticas de desenvolvimento de capacitações (em ciência e tecnologia, negócios internacionais, empreendedorismo...); confundem-se com outras políticas e, muitas vezes, não são captadas pelos analistas. Todos os países, dos EUA à Europa, praticam políticas dessa natureza. Isso, é claro, sem mencionar a China - veja o exemplo na Monocle do que está sendo feito em Xi'an - e isso é só um grão de areia no deserto.
Resumo: política industrial pode ser stylish também!
De volta à música... não tenho saco para 'festas dos anos 80', quero mais é que venham os anos 2020, 2030... que venha o futuro, quero escutar a música que vem por aí! 
Que venham as indústrias do futuro!


PS: o grande desafio que temos no Brasil é institucional... isso ficou muito claro na série 'Diálogos de Competitividade'. Essa edição da Monocle tem exemplos de 'inovações no governo' - vale ficar de olho, por exemplo, na Estonia. Por que não temos uma estratégia realmente agressiva de governo digital no Brasil e criamos oportunidades de desenvolvimento tecnológico a partir disso? 

domingo, 3 de agosto de 2014

Ignorância

Faz tempo que li "A História Universal da Infâmia". Adorei! Sempre gostei de contos e crônicas. Talvez seja a minha companheira ansiedade que tenha moldado tal predileção. 
Mas li pouco Borges. Que falha! 
Tenho que confessar (pra mim mesmo): nunca li Poe. Tinha algum livro de sua autoria em casa na infância, mas não lembro qual. 
Do gênero que o Poe inventou, li muitos e muitos da Agatha Christie, preferindo sempre as histórias do Hercule Poirot àquelas de seus outros detetives. 
O bom deste livro do Verissimo é que ele me mostra o tamanho da minha ignorância. Nem preciso de investigação para saber!