Outro dia desses conversava sobre inteligência artificial com um amigo humano. Contava para ele que, no fundo, apesar do hype, as máquinas ainda são muito, muito burras.
O que esta por aí de machine learning e deep learning nada mais é do que uma reencarnação turbinada da tecnologia de redes neurais. Vi um pouquinho disso quando fiz uma disciplina de Pesquisa Operacional na COPPE/UFRJ no final da década de 1990. Ah... quantas chances perdi, quanta falta de inteligência, minha, natural!
A base das tecnologias que tem dominado o campo da inteligência artificial está aí há décadas, mas os avanços exponenciais (cada vez mais acelerados) da computação permitiram aplicações que antes não eram possíveis. Mais virá, prepare-se.
Mas usar redes neurais - e suas tecnologias derivadas - não significa que as máquinas "pensem" como nós pensamos. Há muito o que avançar. Elas são boas mesmo (muito, muito, muito melhores do que nós - inclusive para nos entender) é para identificar padrões e tem aplicações específicas - ainda não chegamos em uma IA geral, precisaremos de novos métodos e tecnologias para isso.
Pois bem... e de onde poderão vir esses novos modelos e tecnologias? Uma importante fonte de inspiração, assim como foi para as grosseiras redes neurais, somos nós mesmos. Há muitos projetos tentando isso - em universidades, no Google, na União Européia etc.
Desenvolvemos máquinas e sistemas, mudamos assim o mundo da técnica e, em especial, o mundo das pessoas, de muitos e muitos humanos, de formas que ainda não sabemos.
Recomendo a todos, humanos e máquinas, ler esta edição da MIT Tech Review.
Vale processar; digo, pensar no assunto.
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