Uma das funções da literatura é nos permitir ‘sentir’,
‘experimentar’ e refletir sobre coisas que não vivemos. Permite-nos ‘simular’ experiências sociais e, adiciono eu, sentimentos.
Rancor e maldade. É o que marca essa boa história do Sérgio Rodrigues. Gostei,
mas fiquei com um gosto amargo na boca, uma vontade louca de transformar uma história
que não existiu.
É um sentimento potencializado por passagens do (ótimo)
filme do final de semana passado: “O Mordomo da Casa Branca”. No caso do filme,
a maldade era coletiva, movida pela ignorância do preconceito racial. Não é o que
acontece no livro, no qual a maldade é pessoal, muito pessoal, forjada pelo mais
profundo rancor, surgido de coisas muito mundanas.
Como as pessoas podem ser tão ruins, más, perversas, cegas,
ignorantes, mesquinhas, covardes, perversamente humanas?
Nem só de good vibrations vivemos, certo?
Nem só de good vibrations vivemos, certo?
Mas vale ler o livro. Além de nos permitir 'sentir coisas que não vivemos' e deixar um gosto amargo, rende boas risadas.
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